martes, 10 de septiembre de 2019

Neoliberalismo y crisis cíclicas en Argentina


A partir de la última crisis económica provocada por el (des)gobierno de Mauricio Macri, analizaremos con Laura Mabel Lacaze, Licenciada en ciencias económicas por la UBA, las cíclicas crisis económicas a las que el neoliberalismo ha llevado a la Argentina sistemáticamente.

   La profesora Laura Mabel Lacaze, licenciada en ciencias económicas y magister en relaciones internacionales, primeramente hace una pequeña reseña de las peores políticas económicas implementadas por el gobierno de la Alianza Cambiemos que gobierna la Argentina desde diciembre de 2015 

   En un segundo momento la Licenciada Lacaze analiza las últimas medidas adoptadas por el ministerio de economía argentino, sus alcances, eficacia  y oportunidad en la implementación, ante el peligro de una corrida cambiaria y bancaria después de la derrota del oficialismo en las elecciones Primarias, Abiertas, Simultáneas y Obligatorias –PASO- el 11 de agosto.    

   A partir de estos elementos, va demostrando que, además de los errores propios de la gestión de Mauricio Macri, las crisis son una constante en la Argentina, fruto de la aplicación de políticas neoliberales en diferentes épocas y por diferentes partidos y actores políticos .  
   


   ¡Que lo disfruten!





NOTA RELACIONADA: El gobierno de Macri intenta instalar en la opinión pública, como tabla de salvación frente a las elecciones de octubre, que la crisis económica es una consecuencia directa y fatal de la derrota en las elecciones primarias el 11 de agosto. Nada más lejos de la realidad.

Por Ramiro Caggiano Blanco*

Depois da crise de 2008, o governo de Cristina Kirchner teve dificuldades, como a maioria das economias do mundo, que conseguiu driblar, em termos gerais, fortalecendo o mercado interno. Isso significou, por um lado, aumento da atividade industrial que foi recuperando os seus níveis históricos prévios à crise de 2001, com a conseguinte necessidade de importar bens de produção e, por outro, uma diminuição das exportações (fruto do consumo interno dos bens industrializados) e um aumento dos produtos importados que as famílias argentinas passaram a demandar com a valorização do salário real. Isso significou uma necessidade extra de dólares para que os importadores pudessem quitar as dívidas no exterior.


A classe média também começou a viajar mais ao exterior e voltou ao seu esporte favorito: poupar estocando moeda americana “debaixo do colchão”. Foi assim que se ativou o controle de câmbio em 2011 para fazer frente a uma fuga de divisas provocada pelo que na Argentina se conhece como “golpe de mercado”. Essas restrições incomodaram a classe media que logo, sob o lema de falta de liberdade, ganhou as ruas de Buenos Aires nos “panelazos”, muito diferentes àqueles da crise de 2001.


Jovem reclamando contra as restrições cambiárias no “cacerolazo” de 13 de setembro de 2012 .
Durante 4 anos, sistematicamente, dia sim e outro também, o partido de Mauricio Macri, à época prefeito da cidade de Buenos Aires, junto aos meios hegemônicos de comunicação, bateram na tecla da restrição à compra de moeda americana, que chamaram de “cepo” (aparelho que remete a um instrumento de imobilização dos escravos). Fizeram o principal slogan de campanha e, já na presidência em dezembro de 2015, permitiram a todos os cidadãos comprar até 5 milhões de dólares por mês, por pessoa. A liberdade havia triunfado!

Jornais americanos e europeus festejavam a grande solução dos problemas da economia argentina! Agora sim chegaria a “chuva de investimentos” estrangeiros proclamada por Macri na campanha eleitoral e no primeiro ano como presidente.
Cada vez que os jornalistas oficialistas, pagos com o generoso dinheiro da “pauta oficial”,  tinham que dar algum dado negativo da economia, logo “davam um desconto”: "Ah, mas agora não temos “cepo”!

Pois bem, o “cepo” voltou, da mão do próprio Mauricio Macri, quem mais criticou e faturou politicamente com tal critica.
As medidas tomadas por decreto de necessidade e urgência, num domingo, são o fim do relato macrista, e a realidade econômica que se impõe. É o reconhecimento explícito que erraram em todas as medidas econômicas que adotaram.
E não é o efeito das eleições primárias PASO, como pretendem impor desde a Casa Rosada. Como disse James Carville: “[It’s] the economy, stupid”.